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Você gosta de ler o que escreveu?

Foto do escritor: Alana, do Acadêmicos AnônimosAlana, do Acadêmicos Anônimos

"Tenho vergonha de ler o que escrevi". Essa frase saltou em uma das sessões do Acadêmicos Anônimos, e ela é real para muitos escritores, acadêmicos ou não. Assim como muitos atores não apreciam assistir aos seus próprios trabalhos. E assim como a gente normalmente não gosta de ouvir a própria voz em gravações.


Trouxe essas comparações para que já comecemos pelo ponto que mais importa: o mais provável é que não haja nada de errado com a sua escrita. Ou melhor: talvez ela ainda não seja uma boa escrita, mas você está avaliando o seu trabalho em um estágio em que não deveria estar fazendo isso.


Em resumo: não é sua escrita - é você.


A escrita, assim como nossa voz ou nossa atuação, mostra como estamos nos expondo para o mundo. Isso é duro. É a construção de uma imagem que pode não ter volta para muita gente. Ler o que escrevemos muitas vezes quebra a expectativa que tínhamos em tirar a escrita acadêmica de letra desde o princípio. Escrever bem nos importa. Por isso o medo que enfrentamos ao nos depararmos com uma escrita que não é como aquela que imaginávamos.


A solução? Não mude sua escrita. Mude sua mente.


Quando começamos a acreditar demais na nossa própria crítica, existe aí uma grande probabilidade de que não precisamos trabalhar na nossa escrita, mas em nós mesmos.

Concentre-se em construir sua confiança na escrita acadêmica. Para começar: você nunca escreverá perfeitamente, porque a perfeição não existe. Você pode não escrever bem o tempo todo, e a primeira versão de todo texto realmente não é a melhor.


Mas não é seu trabalho fazer esse julgamento.


Seu trabalho é criar a obra. Seu trabalho não é julgar a obra. Escreva da melhor maneira que puder. Escreva mais vezes. Escreva, depois edite o que escreveu. Arranque o band-aid diversas vezes, até que ele pare de doer.


Depois, envie o seu texto para o mundo, e deixe que a banca decida o seu valor.





"O trabalho externo nunca será insignificante se o trabalho interno for grandioso." -Meister Eckhart

Trabalhe em si mesmo. Aprenda a técnica, claro. Pratique muito, comece a escrever mais, leia mais, produza mais fichamentos. Mas não esqueça que o autocuidado é a habilidade mais importante que um pesquisador pode desenvolver. 


Pratique Atenção Plena


Muito além de uma prática que permite um foco maior nas suas atividades acadêmicas, a Atenção Plena permite que você permaneça calmo na adversidade e lide melhor com o estresse diário.


Essa meditação também pode beneficiar sua escrita de maneira semelhante.

A atenção plena consiste em permitir que pensamentos e emoções passem pela sua consciência sem que influenciem seu comportamento. Você poderá reconhecer que pensamentos de dúvida — Isso é bom? Alguém vai querer ler isso? — são apenas transitórios. Seu ego os transmite quando está com medo. Mas, se você for paciente, eles passarão.


Se você ainda não pratica atenção plena, saiba que essa prática muda vidas. E a temos diariamente aqui na grade do AA. Esse é um método de autocuidado que irá expor a verdade por trás do ódio e da vergonha que você sente em relação à própria escrita, te permitindo trabalhar melhor e com mais tranquilidade.


A vida acadêmica não consiste apenas em lidar com a ciência, mas também em atingir camadas mais profundas do autoconhecimento. Essa é uma longa jornada cujo resultado vai além da tese. Tem curiosidade sobre a prática da Atenção Plena? Experimente o AA e vá direto para as nossas sessões.

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