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Mulheres na ciência: como formar uma comunidade pode te ajudar a superar barreiras

Foto do escritor: Alana, do Acadêmicos AnônimosAlana, do Acadêmicos Anônimos

Foi na última Semana do Planejamento do AA que uma participante se surpreendeu com o fato de que todas, no início da sessão, eram mulheres. Mulheres foram 98% dos participantes da Semana do Planejamento, e também constituem a maioria dos assinantes do Acadêmicos Anônimos. Em outras palavras, homens buscam menos apoio acadêmico do que mulheres.


A participante em questão perguntou por que eu acreditava que a realidade era essa. E eu, que já fui aluna de uma professora diretamente envolvida no Parent in Science e que acompanhei de perto os desdobramentos de ser uma mulher acadêmica durante a pandemia da Covid-19, trouxe alguns elementos para a turma.


  • Homens sofrem menos com a síndrome do impostor. Confiam mais que o que estão fazendo está correto.

  • Homens costumam receber mais apoio e orientação.

  • Homens, em grande parte, não precisarão encontrar o equilíbrio entre a academia, a criação dos filhos, o serviço doméstico e a carreira.


Essas são algumas dentre tantas outras questões muito bem estabelecidas e que tornam a ciência um cenário notadamente menos confortável e mais estressante para mulheres, ao contrário da visão que temos de fora da Torre de Marfim. Um estudo descobriu que o esgotamento e os níveis de estresse do corpo docente são comparáveis ​​aos de professores do ensino fundamental e médio e profissionais médicos.


Por quê? Porque o trabalho acadêmico NUNCA termina. Sempre há outro artigo para escrever, trabalho para corrigir, reunião para comparecer, e-mail para enviar. As atividades são infinitas. Além desse estresse acadêmico geral, mulheres têm de lidar com vários outros estressores estruturais e interpessoais que impactam negativamente a saúde e criam uma sensação de isolamento e alteridade:


  • Cobranças excessivas.

  • Expectativas excessivas em relação a serviço e cuidado.

  • Alternância entre atividades acadêmicas, domésticas e familiares como obrigação.

  • Menos tempo dedicado exclusivamente à pesquisa, o que as deixa em posição muito mais vulnerável.


Mas o que mulheres podem fazer em relação a esse cenário?


Investir em comunidade, encontrando lugares seguros de fala e escuta com outras mulheres que enfrentam as mesmas questões é algo ao alcance de todas.


Pode parecer mais um gasto de tempo em uma vida extremamente atarefada, mas encontrar outras mulheres e formar um círculo de empatia pode trazer muitos benefícios na redução do estresse e, consequentemente, para a sua produtividade. Não há nada mais validador e catártico do que contar sua história e ser vista, ouvida, valorizada e acreditada. Além disso, saber que outras pessoas têm desafios semelhantes aos seus ajuda no desenvolvimento de uma perspectiva saudável na academia.


Em vários momentos da história do AA, procuramos grupos de acadêmicos para divulgar nossa plataforma e, ao mesmo tempo em que homens costumam afirmar que o combo orientação + organização pessoal devem cumprir todos os requisitos que um acadêmico precisa para escrever a tese, mulheres costumam sentir curiosidade e nos procuram para entender como funcionamos.


Resultado?


Mulheres acadêmicas mais seguras. Produzindo mais do que nunca nas nossas sessões ao vivo de trabalho. Com apoio psicológico. Conseguindo superar barreiras e ir em frente com suas pesquisas com muito mais segurança.


Se você é mulher e leu este post até o fim, entenda: o silêncio na academia geralmente é disfuncional. Seja no AA, seja por conta própria, busque uma comunidade e não passe seu mestrado ou seu doutorado calada. Há muito sobre o estresse da Torre de Marfim que as mulheres não vão conseguir controlar. Mas podemos escolher amortecer o impacto desse estresse buscando apoio e compartilhando apoio com nossas iguais. Como um bônus maravilhoso, esses esforços modelam a próxima geração de mulheres acadêmicas. Convido você a correr o risco e começar a construir ou fazer parte de uma comunidade hoje mesmo.

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